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21/10/2016IMPRENSA, Noticias, São Paulo

FGTS deve fechar o ano com 700 mil unidades habitacionais financiadas

Na reunião do Consic (Conselho Superior da Indústria da Construção), da Fiesp, realizada no dia 10 de outubro, Bolivar Moura Neto, secretário executivo do Conselho Curador do FGTS, fez uma apresentação sobre as condições do fundo e sua atuação. O ativo atual de cerca de R$ 460 bilhões deve chegar ao final do ano com ativos da ordem de R$ 500 bilhões. No passivo há R$ 457 bilhões, sendo o principal componente os depósitos em contas vinculadas dos trabalhadores (R$ 345 bilhões). O resultado positivo do FGTS em 2016 deve atingir R$ 20 bilhões. Apesar das demissões, a arrecadação líquida em agosto deste ano, de R$ 6 bilhões, é metade da do mesmo mês em 2014, ou seja, o FGTS continua a ter número positivo.

Habitação
O orçamento para aplicação do FGTS este ano é de R$ 103 bilhões, dos quais R$ 84 bilhões em habitação. Para 2017 a previsão é de R$ 78 bilhões por ano, e R$ 70 bilhões para 2018 e 2019, com R$ 56,6 bilhões a cada ano para habitação.

O ano de 2016 deve fechar com quase 700 mil unidades habitacionais financiadas pelo FGTS. O secretário disse, no entanto, que é preocupante a queda no número de unidades financiadas pelo SBPE nos últimos dois anos. “Tem que buscar uma solução para a poupança”, afirmou, lembrando que ela já perdeu R$ 40 bilhões este ano. O FGTS vem fazendo sua parte, disse, ressaltando sua importância para a construção, por se concentrar em imóveis novos.

Saneamento
Segundo o secretário, sempre há recursos em grande volume para saneamento básico (R$ 7,5 bilhões este ano), mas não há a execução, devido a diversos gargalos, entre eles a falta de capacidade das companhias estaduais para tomar empréstimos.

Infraestrutura
Moura Neto explicou também o funcionamento do FI-FGTS para investimentos na área de infraestrutura. Trinta por cento de seus recursos vão para energia. No total tem R$ 34 bilhões para investir.

Entre os desafios do FGTS estão o estímulo às aplicações em saneamento e mobilidade urbana e o incentivo à retomada de obras paralisadas.

Vale ressaltar que o Conselho Curador do FGTS tem representação tripartite e entre os representantes da iniciativa privada está o gerente de Relações Institucionais da ABCP, Mario William Esper que sugeriu e conseguiu a aprovação de financiamento somente para habitações que utilizam materiais e sistemas normalizados e para projetos de corredores de ônibus que durem mais de 20 anos.

Na reunião dia 6 de outubro, com Bruno Araújo, ministro das Cidades, foi nomeado um interlocutor oficial com a Fiesp. O canal de diálogo direto com o ministério, por meio de um funcionário de primeiro escalão, é algo importante para a apresentação de propostas que alavanquem a cadeia produtiva da construção e consequentemente o crescimento socioeconômico do País.

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